Conecta: conheça a nova plataforma do Ministério da Educação desenvolvida por equipe da UFSM

Conecta: conheça a nova plataforma do Ministério da Educação desenvolvida por equipe da UFSM

Foto: Vinícius Machado

De pé da esquerda: Giuliano Ferreira, Fabricio Arend Maica Pereira, João Vicente Lima, Raphael Miollo, Douglas Pereira Pasqualin, Giana Lucca Kroth, Jaqueline Kegler. Sentados da esquerda para direita: Giordano Lima, João Carlos Damasceno Lima, Débora Aita Gasparetto, Fernando Pires Barbosa, Nicole Lorenzon De Souza e Elise Melchior. Fazem parte também: Eduarda de Mello, Nilson Luiz Costa, Gabriel Nunes De Oliveira, André Luis Botton, Lucas Franca Tanaro, Mateus Vargas Cardoso, Gleison Pires da Silva, Gustavo Miranda, Nathalie Coelho Crispim e Gabriel Alexander Cardoso

128. Este é o número de instituições públicas mapeadas por uma equipe multidisciplinar da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em parceria com o Ministério da Educação (MEC). O projeto levou o nome de MEC Conecta, uma plataforma online que pode ser acessada tanto pelo celular, quanto em um computador conectado com internet. O objetivo é reunir informações sobre os cursos de Ensino Superior para auxiliar os estudantes na escolha da melhor opção.

Para custear o trabalho das equipes e também a infraestrutura, um recurso de R$ 1,8 milhões foi aprovado e deve ser disponibilizado pelo MEC nas próximas semanas. A plataforma de uso atual é uma versão beta, ou seja, foi disponibilizada para teste dos usuários. O programa passará por atualização e deve estar disponível na sua versão final ainda em agosto de 2024. Foram formadas quatro equipes com 23 pessoas no total. A coordenação do grupo ficou a cargo do pró-reitor adjunto de Planejamento da UFSM, Fernando Pires Barbosa. Segundo ele, as conversas com o ministério se iniciaram na metade de 2023. No começo, a ideia era implementar um projeto que contemplasse essa conexão dos alunos com as instituições até o processo de inscrição:

– Inicialmente, era bem maior do que acabamos produzindo aqui, mas gostaram da proposta e o MEC optou por colocarmos em prática uma parte delas. Conseguimos colocar em prática o que gostaríamos e o que era interesse também do ministério. Além do que são muitas instituições, muitos cursos diferentes, muitas possibilidades. A ideia era conseguir colocar tudo em um lugar só.

Foto: Vinícius Machado

Para o pró-reitor de Graduação da UFSM, Jerônimo Tybush, o entendimento do MEC de que existem equipes qualificadas para exercer funções que poderiam ser feitas por empresas contratadas contribui para o desenvolvimento dos profissionais nas universidades. Ele comenta, ainda, que a instituição já trabalhava no desenvolvimento de outras plataformas anteriormente, como no Questiona, lançado em 2022. O programa buscava auxiliar professores e estudantes nos estudos para o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), no qual reunia um banco de questões anteriores de todas as áreas:

– Há muito tempo, eles iam conversando conosco com a ideia de integrar alguns portais, com dados da Receita Federal, com o Programa Universidade para Todos e com o Sistema de Seleção Unificada. E, aí, essa ideia então calhou a partir de um projeto. Foi apresentada uma solução para isso. Serve para facilitar o uso do estudante quando reúne todas as informações sobre cursos e instituições de Ensino Superior.

Foto: Vinícius Machado

Multidisciplinaridade

Para fechar o ciclo ou talvez até dar início a outro, a equipe se reuniu de forma híbrida na quinta-feira (25) no 3° andar do prédio da Reitoria da universidade. Pela primeira vez, a sala ficou cheia de forma presencial. A maioria é composta por técnicos, discentes e docentes do campus sede da UFSM, mas também fazem parte do grupo, alunos e professores do campus de Palmeira das Missões, que participaram do encontro em uma sala virtual via Google Meet.

Sistemas de Informação, Comunicação, Desenho Industrial e Ciências Econômicas foram alguns dos cursos contemplados pelo trabalho durante os meses. A docente do departamento de Comunicação Social da UFSM Jaqueline Kegler atuou na área ao pensar a comunicação pública. Para ela, o principal foi trabalhar a linguagem das áreas do conhecimento e facilitar para o usuário:

– Precisamos transformar esse conteúdo em algo mais acessível e simplificado para o usuário em geral. O projeto foi desafiador. Está só começando, temos mais oito meses. O trabalho alinhado com os princípios da comunicação pública é o momento para os cidadãos e cidadãs sugerirem mudanças nas plataformas. Assim, vamos conseguir desenvolver funcionalidades e tornar a linguagem ainda mais acessível – explica.

Foto: Vinícius Machado

A estudante do 8º semestre de Relações Públicas Nicole Souza, 22 anos, também participou do processo. Ela conta que o seu trabalho era selecionar os textos das instituições e transformar em uma linguagem de fácil compreensão. O exercício, para ela, também foi desafiador, mas agregou, inclusive, na formação acadêmica:

– A comunicação é isso. Precisamos transformar linguagens mais complicadas em algo de fácil compreensão para todo mundo. O estudante precisa saber o que vai estudar quando ingressar em determinado curso. Uma emoção fazer parte do projeto e ver a potência que é a nossa universidade para todo o país.

Foto: Vinícius Machado

Testando 1 2 3…

Foram muitos os caminhos percorridos. O professor de Sistemas de Informação João Carlos Damasceno Lima elaborou com a sua equipe toda a parte que diz respeito a arquitetura da plataforma. Ele explicou que a equipe de TI se separou em três: uma delas trabalhava com a parte de interação com o usuário; outra pensava na recuperação e modelo de dados; e a terceira na infraestrutura. Conforme o docente, houve a necessidade de alugar um suporte dos Estados Unidos para inserir a plataforma:

– Precisávamos de uma plataforma escalável. Quanto mais usuários entrassem, mais desempenho seria necessário. Não é simplesmente um site, é uma plataforma que requer uma arquitetura complexa. Por isso, a multidisciplinaridade foi tão importante. Integramos pessoas com pensamentos diferentes, visões diferentes. É gratificante ver o resultado. Agora tentamos motivar mais pessoas a entrarem na universidade.

Foto: Vinícius Machado

Do esboço surgiu a plataforma. Na primeira reunião com o MEC, a ideia era um desenho interativo, ainda sem questões estéticas. Cada parte da plataforma foi pensada no público alvo. Ícones, paletas de cores, elementos gráficos foram pensadas no universo virtual. Quatro designers trabalharam no projeto, cada um deles em uma frente diferente. É o que conta a docente de Desenho Industrial Débora Aita Gasparetto:

– Priorizamos a entrega da plataforma mobile, pensando que o acesso seria maior pelo celular. De qualquer forma, ela responde bem também no computador. Tivemos que estar muito articulados com todas as áreas. Começamos o trabalho em dezembro e fizemos essa entrega em janeiro. O MEC contribuiu muito para também desenvolvermos a metodologia que usamos no laboratório de Desenho Industrial focada no usuário.

Foto: Vinícius Machado

O estudante do 3° ano do Ensino Médio Ricardo Vieira Romano, 17 anos, disse ter achado a plataforma acessível e ter gostado da experiência. Para ele, facilitou o processo de escolher a melhor oportunidade e ter certeza na hora da decisão de onde cursar Medicina, o curso que deseja ingressar. Ele é um dos estudantes que submeteu informações de uso para auxiliar os criadores na melhora da interface do programa:

– Eu gostei da experiência, acredito que ela seja inovadora e muito útil. A plataforma é fácil de utilizar e as informações disponibilizadas por ela são muito importantes. Através dela é possível conhecer os cursos disponíveis nas universidades, o número de vagas abertas, entre outros vários fatores relacionados à jornada acadêmica e ao ingresso no Ensino Superior. Eu acredito que com o uso da plataforma, é fácil de analisar quais são as melhores oportunidades de ingresso nos cursos superiores.

Como acessar

O acesso pode ser feito tanto pelo computador quanto pelo celular. A primeira imagem é de um mapa. Nele, você pode clicar em alguma localidade que mostrará as informações sobre as instituições presentes naquele local. Além disso, é possível pesquisar por áreas do conhecimento ou curso. Em cada curso haverá informações sobre duração, salário médio no Estado ou país da profissão, vagas e nível de concorrência.

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